Bandeiras e palavras de ordem marcaram a passeata dos jovens estudantes do Maranhão na manhã desta quinta-feira, 11. Entre outras reivindicações eles pediram a melhoria da qualidade do ensino na rede pública
Os números incomodam. Os resultados do último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) apontam que, das 20 piores escolas do Brasil, cinco são do Maranhão. Por esse motivo, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) mobilizaram cerca de 2.000 estudantes da rede estadual de ensino às ruas de São Luís para protestar contra o descaso da educação pública no estado.
Alunos das escolas Bernardo Coelho de Almeida (BCA) e mais cinco instituições saíram em passeata na manhã desta quinta-feira, 12, do Centro de Ensino Governador Edson Lobão (Cegel) em direção ao Palácio dos Leões, sede do Governo do Estado do Maranhão, para reivindicar melhorias na infraestrutura das escolas estaduais, melhor remuneração para os professores, merenda escolar de qualidade entre outras.
“O sistema educacional do Maranhão vive hoje em um apagão. Mobilizações como a de hoje serve para mostrarmos aos governantes o descontentamento dos principais prejudicados: os alunos”, afirmou o diretor da comunicação da UNE, André Vitral.
O vice-presidente da UNE, Thiago Ventura, , avaliou como excelente a passeata e destacou a massiva participação dos estudantes. “Esse número de pessoas materializa a indignação dos alunos sobre as condições de ensino no estado do Maranhão. A qualidade se consegue através de uma boa remuneração dos profissionais de ensino, merenda para os alunos e uma boa estrutura física nas dependências escolares”.
Representando os estudantes secundaristas, Yann Evanovick, presidente da UBES, pediu sensibilidade aos governantes diante dos resultados obtidos pelo Maranhão. “É inadmissível que, no mesmo estado, tantas escolas estejam com uma média de qualidade tão baixa. Isso reflete a falta de sensibilidade dos governantes quanto à importância de uma educação de qualidade aos jovens”, declarou.
Participante da passeata, a estudante Michelle Soares, de 17 anos, estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Cegel, comentou sobre a falta de estrutura em sua escola. “Onde estudo, existe muita infiltração e também faltam livros na biblioteca”, declarou.
Da Redação
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