terça-feira, 13 de abril de 2010

Violência nas escolas: qual o remédio para acabar com ela?

Professores melhor remunerados, incentivo à cultura e aos esportes são umas das principais bandeiras da UBES para o fim da violência no âmbito escolar.

No Brasil e no mundo, nos deparamos a cada dia com uma questão que é sem dúvida nenhuma inegável: a violência, seja ela física ou psicológica, protagonizada por jovens no ambiente escolar. Em cima disso, percebemos certo descaso da sociedade e, principalmente, das autoridades governamentais em relação a esse fato.

É muito claro que não podemos creditar de forma generalizada todos os atos que ocorrem dentro das dependências escolares aos professores e diretores. Aprendemos desde cedo que a educação começa dentro de casa, com modos e atitudes moldadas pelos pais e, posteriormente, lapidada na escola. No entanto, muitos pais se furtam da responsabilidade de educar seus filhos, delegando essa tarefa à escola.

O jovem inserido na sociedade sem base familiar encontra na escola um prato cheio para conseguir as respostas dos seus questionamentos sem nenhum “filtro” para saber qual deverá ser aproveitada ou descartada e, o pior, por estarem em fase de formação de personalidade, acabam adotando procedimentos violentos, hora com uma forma de proteção, hora como instrumento de inserção num grupo social.

Com a ausência da família e a responsabilidade quase que total da escola em educar as crianças e jovens, percebem-se alguns pontos que, se melhorados, podem ajudar na formação não só acadêmica e cultural, mas, acima de tudo, do cidadão.

Para a Ariana Souza, diretora da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), atividades extracurriculares como, aulas de dança, incentivo ao esporte e à cultura, são fatores fundamentais para que o jovem adquira sua própria identidade. ”Temos que levar a cultura para dentro das nossas salas de aulas, ensinar música, esporte, teatro e várias outras atividades aos estudantes do nosso país”, enfatizou a diretora.

Ariana coloca o Estado como um dos principais vilões do sistema de ensino brasileiro. “O professor em nosso país é mal remunerado e, por conseqüência disso, temos profissionais insatisfeitos e infelizes em sala de aula. O principal prejudicado, claro, os alunos, que são o futuro do nosso país”, protestou Ariana.


Por Paulo Tonon

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