Mais de 500 estudantes lotaram o ginásio do Instituto Federal de Tecnologia do Rio Grande no Norte IFRN, em Natal, na manhã desta segunda-feira, 25, para a abertura do 11º Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET). O encontro que visa debater as principais questões referentes ao ensino técnico no Brasil, teve inicio às 10h e contou com a presença de diversos representantes e segmentos responsáveis pela qualidade e melhoria da educação pública em nosso país.
A primeira mesa de debates “O papel da educação profissional e o novo projeto de desenvolvimento do Brasil” foi composta por Yann Evanovick, presidente da UBES, Belchior Oliveira, Reitor do IFRN, Getúlio Marques, Diretor do Ministério da Educação (MEC/SETEC), Elisangela Lizardo, presidente da Associação nacional de Pós Graduandos (ANPG), Enilson Araújo, diretor-geral do Campus IFRN Natal-Central, George Câmara, vereador em Natal (PCdoB-RN) e Hugo Manso, professor do IFRN, representando o Partido dos Trabalhadores (PT).
O presidente da UBES, Yann Evanovick saudou os delegados e convidados do evento, cujo início coincidiu com o aniversário de 62 anos de história da entidade secundarista no domingo (24). Ele ressaltou o papel fundamental da UBES na construção da democracia em nosso país e na luta diária pela qualidade do ensino médio, principal responsável por alavancar a continuidade de perspectiva do estudante em concluir seus estudos e aprofundá-los.
Evanovick lembrou ainda o momento especial desse 11º ENET, que ocorre às vésperas das eleições presidenciais. ”Embora a UBES não venha (ou venha) a apoiar claramente um candidato especifico à presidência da República, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas tem lado, e o lado no qual nós estaremos é do lado de quem fortalece a educação em nosso país, de quem pode dar um passo importante para a construção de um melhor ensino para o Brasil”.
Em seguida, o reitor do IFRN, Belchior Oliveira falou aos estudantes sobre a importante fase que a sociedade brasileira vivencia com as eleições. Para Belchior é chegada a hora de “escolhermos um representante que lute pela expansão e consolidação do ensino tecnológico no país”. Segundo ele, é fundamental o documento-relatório que será elaborado e apresentado no 11º ENET para que se “dê um passo importante na construção de uma educação tecnológica de qualidade” em nosso país. A ideia é que este seja uma plataforma estudantil específica dos alunos das técnicas, que será entregue aos presidenciáveis para que assinem e o adotem em seus programas de governo.
O diretor do MEC, Getúlio Marques, explicitou qual o papel que o Ministério da Educação tem realizado nos últimos anos, com ênfase, sobretudo, nos ajustes e expansões do ensino técnico nos estados brasileiros nas duas últimas décadas. “Só a partir do governo Lula, em 2003, as mudanças ocorreram significativamente, pulamos de 140 para 354 novas escolas federais”, afirmou Marques. “Além do mais, houve um processo de interiorização do ensino técnico. Antes só havia escolas técnicas na capitais ou em cidades litorâneas. Para se ter uma ideia, no Rio Grande do Norte tínhamos duas instituições de ensino, hoje são quinze unidades.”
A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) também deixou um recado à plateia. Elisangela Lizardo falou da importância dos estudantes secundaristas, chamando-os de “futuros cientistas” co-responsáveis pelo progresso e futuro do país. Para ela, o desenvolvimento e o sucesso do Brasil estão relacionados diretamente aos investimentos na educação pública de qualidade. Elisangela afirmou também a importância de bolsas de iniciação cientifica para o ensino médio e tecnológico, fundamentais para que se tenha mais pesquisa, e com isso, mais empregos e mais geração de renda. O representante do PT, Hugo Manso ressaltou a importância do evento para o ensino público brasileiro, ao valorizar o papel da juventude no desenvolvimento da nação. Hugo também defendeu mais escolas no combate à disseminação das drogas entre a juventude.
Já o vereador de Natal George Câmara, representando o PCdoB, iniciou sua intervenção parabenizando a UBES pelo papel que tem na atual conjuntura ao debater a necessidade de um ensino técnico vinculado a educação que forma a cidadania. O parlamentar recordou que a data de abertura do 11 ENET também é a mesma da perda dos militantes do movimento social no Rio Grande do Norte, Glênio Sá, Alírio Guerra e Chicão que há 20 anos morreram. Como homenagem, o plenário deu uma salva de palmas a esses lutadores.
Ao encerrar a primeira mesa de debates do ENET, Evanovick convocou a juventude a debater o Projeto Brasil, que será apresentado aos candidatos à presidência da Republica, como forma de contribuir com os planos de governo voltados à educação.
Evanovick lembrou ainda o momento especial desse 11º ENET, que ocorre às vésperas das eleições presidenciais. ”Embora a UBES não venha (ou venha) a apoiar claramente um candidato especifico à presidência da República, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas tem lado, e o lado no qual nós estaremos é do lado de quem fortalece a educação em nosso país, de quem pode dar um passo importante para a construção de um melhor ensino para o Brasil”.
Em seguida, o reitor do IFRN, Belchior Oliveira falou aos estudantes sobre a importante fase que a sociedade brasileira vivencia com as eleições. Para Belchior é chegada a hora de “escolhermos um representante que lute pela expansão e consolidação do ensino tecnológico no país”. Segundo ele, é fundamental o documento-relatório que será elaborado e apresentado no 11º ENET para que se “dê um passo importante na construção de uma educação tecnológica de qualidade” em nosso país. A ideia é que este seja uma plataforma estudantil específica dos alunos das técnicas, que será entregue aos presidenciáveis para que assinem e o adotem em seus programas de governo.
O diretor do MEC, Getúlio Marques, explicitou qual o papel que o Ministério da Educação tem realizado nos últimos anos, com ênfase, sobretudo, nos ajustes e expansões do ensino técnico nos estados brasileiros nas duas últimas décadas. “Só a partir do governo Lula, em 2003, as mudanças ocorreram significativamente, pulamos de 140 para 354 novas escolas federais”, afirmou Marques. “Além do mais, houve um processo de interiorização do ensino técnico. Antes só havia escolas técnicas na capitais ou em cidades litorâneas. Para se ter uma ideia, no Rio Grande do Norte tínhamos duas instituições de ensino, hoje são quinze unidades.”
A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) também deixou um recado à plateia. Elisangela Lizardo falou da importância dos estudantes secundaristas, chamando-os de “futuros cientistas” co-responsáveis pelo progresso e futuro do país. Para ela, o desenvolvimento e o sucesso do Brasil estão relacionados diretamente aos investimentos na educação pública de qualidade. Elisangela afirmou também a importância de bolsas de iniciação cientifica para o ensino médio e tecnológico, fundamentais para que se tenha mais pesquisa, e com isso, mais empregos e mais geração de renda. O representante do PT, Hugo Manso ressaltou a importância do evento para o ensino público brasileiro, ao valorizar o papel da juventude no desenvolvimento da nação. Hugo também defendeu mais escolas no combate à disseminação das drogas entre a juventude.
Já o vereador de Natal George Câmara, representando o PCdoB, iniciou sua intervenção parabenizando a UBES pelo papel que tem na atual conjuntura ao debater a necessidade de um ensino técnico vinculado a educação que forma a cidadania. O parlamentar recordou que a data de abertura do 11 ENET também é a mesma da perda dos militantes do movimento social no Rio Grande do Norte, Glênio Sá, Alírio Guerra e Chicão que há 20 anos morreram. Como homenagem, o plenário deu uma salva de palmas a esses lutadores.
Ao encerrar a primeira mesa de debates do ENET, Evanovick convocou a juventude a debater o Projeto Brasil, que será apresentado aos candidatos à presidência da Republica, como forma de contribuir com os planos de governo voltados à educação.
Apreensão, entusiasmo e esperança: secundaristas opinam sobre o ENET
Pernas inquietas e olhar apreensivo. Esse foi o cenário que marcou a mesa inaugural de discussão na abertura oficial de debates do 11º Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET), da UBES.
Atentos às discussões da primeira mesa de debates, os jovens vindos de todos os cantos do país contaram ao EstudanteNet suas ideias sobre a contribuição que o encontro pode dar para melhorar a qualidade do ensino técnico no Brasil.
A estudante Tarsila Barbosa, do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), afirma ter perdido diversos bons professores por conta da má distribuição de verbas feita entre as escolas técnicas, refletindo na qualidade do ensino. “Perdi muitos professores, remanejados a outras unidades no intuito de equipar todas as instituições do Rio Grande do Norte no quesito qualidade, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Tenho medo que isto ocorra no resto do Brasil”.
Para equiparar a qualidade das aulas em todas as ETs do Brasil, Fernanda Figueiredo, também da IFRN, diz que são necessários investimentos não só na estrutura física da instituição, mas principalmente no profissional de ensino que atua diretamente com os jovens. “Quando existem professores motivados, seja com um salário a altura de sua responsabilidade, seja com condições de trabalho adequadas, a produtividade escolar e o aprendizado crescem muito”, declarou.
“Este evento sendo realizado em um ano eleitoral nos permite ter mais esperança. O ENET veio para dar um ‘empurrão’ e nortear os rumos da educação deste segmento de ensino no país”, afirmou esperançoso Marlos Couto, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG).
Paulo Tonon com Arthur Varela, de Natal
Fotos: Vanessa Stropp
Pernas inquietas e olhar apreensivo. Esse foi o cenário que marcou a mesa inaugural de discussão na abertura oficial de debates do 11º Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET), da UBES.
Atentos às discussões da primeira mesa de debates, os jovens vindos de todos os cantos do país contaram ao EstudanteNet suas ideias sobre a contribuição que o encontro pode dar para melhorar a qualidade do ensino técnico no Brasil.
A estudante Tarsila Barbosa, do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN), afirma ter perdido diversos bons professores por conta da má distribuição de verbas feita entre as escolas técnicas, refletindo na qualidade do ensino. “Perdi muitos professores, remanejados a outras unidades no intuito de equipar todas as instituições do Rio Grande do Norte no quesito qualidade, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Tenho medo que isto ocorra no resto do Brasil”.
Para equiparar a qualidade das aulas em todas as ETs do Brasil, Fernanda Figueiredo, também da IFRN, diz que são necessários investimentos não só na estrutura física da instituição, mas principalmente no profissional de ensino que atua diretamente com os jovens. “Quando existem professores motivados, seja com um salário a altura de sua responsabilidade, seja com condições de trabalho adequadas, a produtividade escolar e o aprendizado crescem muito”, declarou.
“Este evento sendo realizado em um ano eleitoral nos permite ter mais esperança. O ENET veio para dar um ‘empurrão’ e nortear os rumos da educação deste segmento de ensino no país”, afirmou esperançoso Marlos Couto, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG).
Paulo Tonon com Arthur Varela, de Natal
Fotos: Vanessa Stropp
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