sexta-feira, 30 de julho de 2010

Grupos de trabalho aprofundam debate no 11º ENET

Na segunda-feira (26), foram realizados 11 grupos de trabalho com o objetivo de democratizar e aprofundar o debate sobre os temas que estão no dia-dia dos estudantes brasileiros, em especial os de escolas técnicas. Destaque para o movimento estudantil nas IFs; Mulher e educação profissional e “Novas tecnologias e comunicação”

Em meio a diversas opções, um dos mais concorridos foi o grupo que tratou de “Movimento Estudantil e a Rede dos Institutos Federais”, no qual a 1ª diretora de Escolas Técnicas da UBES, Manuela Braga, expôs o histórico do movimento estudantil nas escolas técnicas. Nessas instituições, até bem pouco tempo, não era permitida a livre organização dos estudantes em grêmios ou a entrada das entidades gerais, como a UMES ou UBES.

Foi registrado também a histórica luta contra o decreto 2208, instituído pelo governo FHC/Paulo Renato, que proibia a expansão do ensino técnico no país e o desmembramento do ensino médio. “Hoje o movimento estudantil vive novos ares nas escolas técnicas onde os estudantes são convocados para participar de conselhos deliberativos e consultivos. Além disso, os grêmios estudantis são construídos e incentivados para mobilizar os alunos a conquistarem seus direitos”, explicou Manuela.

O grupo que debateu a “Mulher e a Educação Profissional” teve como mediadora Laura Sitto, diretora de Mulheres da UBES. Nele se discutiu a problemática do machismo no mercado de trabalho que, mesmo com qualificação profissional, muitas mulheres ainda recebem remunerações menores que os homens, ou ainda a ocupação de postos de gerência que em 90% dos casos são destinados a homens de qualificação inferior.

Outro debate que mobilizou os estudantes foi sobre “Novas Tecnologias e a Democratização dos Meios de Comunicação”, mediado pela diretora de Comunicação da UBES, Ariana Souza.

No debate, o jornalista e palestrante Sávio Hackradt resgatou o papel da imprensa alternativa no período da ditadura militar, quando jornais - como Movimento e Opinião - enfrentaram os generais. Hoje, segundo Sávio, a mídia brasileira esta regionalizada do ponto de vista do seu controle por grupos familiar/econômico vinculados a empresas nacionais comprometidas com a especulação e o não desenvolvimento soberano.

Jan Varela, de Natal



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